terça-feira, 12 de maio de 2015

Patrick Mackay, o discípulo do Diabo.

Nascido em 25 de setembro de 1952 na Inglaterra, Patrick David Mackay é um assassino em série que atuou na Inglaterra em meados dos anos 70.
Criado em um lar abusivo, Mackay era uma vítima frequente de abusos físicos nas mãos do pai alcoólatra, Harold.
Mesmo antes de nascer, Patrick Mackay já havia sofrido abusos. Seu pai Harold não abusava somente dos filhos, mas da esposa também e quando Marian ainda estava grávida de Patrick, seu marido lhe deu um forte chute no estomago.
Harold veio a falecer de um ataque cardíaco quando Patrick tinha apenas 10 anos. As últimas palavras ditas ao filho foram: “lembre-se de ser bom”.
Mackay não foi capaz de lidar com a morte do Harold. Mantinha sempre em seu bolso uma fotografia de seu pai e dizia às pessoas que ele ainda estava vivo. Recusou-se a ir ao funeral, que ocorreu na Escócia.
Dentro de casa Patrick assumiu o papel de Harold, batendo em sua mãe e em suas duas irmãs regularmente.

Mesmo com a mudança para Gravesend a situação da família não melhorou e a violência continuou com muita frequência, a ponto da polícia ser chamada de três a quatro vezes por semana ao lar dos Mackay. Sendo assim, de seus 12 ao seus 22 anos de idade, Patrick foi levado a várias instituições especializadas no assunto, prisões e escolas.
Patrick sofria de acessos de fúria e extrema raiva que o levou a cometer atos de crueldade contra animais, pondo fogo em uma tartaruga de estimação. Cometeu crimes como assalto, assaltando casas de idosas e pedestres nas ruas. Em certa ocasião tentou matar sua mãe e sua tia. E também houve a tentativa em que tentou matar uma criança, e segundo Mackay, teria conseguido se não tivesse sido detido.

Foi internado pela primeira vez aos 13 anos por atear fogo a uma igreja católica.

Aos 15 anos Mackay foi diagnosticado como um psicopata pelo psiquiatra Dr. Leonard Carr, que previu que ele se tornaria um “assassino frio”.

Quanto atingiu a idade adulta, Patrick desenvolveu um grande fascínio pelo nazismo. Apelidou a si mesmo de “Franklin Bollvolt, o primeiro”, imaginando-se como um grande ditador, e até decorou seu quarto com objetos nazistas.

Sua onda de assassinatos começou em julho de 1973, quando Mackay assassinou Heidi Mnilk, lançando-a de um trem próximo a estação New Cross. E neste mesmo mês cometeu outro assassinato, sua vítima Mary Hynes foi espancada até a morte em seu próprio apartamento em Kentish Town.
Em janeiro de 1974 Stephanie Britton e seu neto de quatro anos foram esfaqueados até a morte em Hadley Green em Hertfordshire. Alguns dias mais tarde, Mackay afogou um velho mendigo.
Em fevereiro de 1974 invadiu a casa de Isabella Griffith estrangulando-a até a morte e a esfaqueando no estomago com uma faca de cozinha.

Ainda em 1974, mudou-se para Londres com alguns amigos. Patrick passou a abusar de drogas e álcool e a proclamar-se um ser possuído por demônios, o que o levou a ser expulso. Por despeito, tentou roubar o local e chegou a ficar preso por seis meses. 
No outono passou a ser um “batedor de carteiras” e um assaltante de idosos, o que o levou a fazer mais três vítimas: no Finsbury Park assassinou uma vendedora de tabaco de 62 anos com um pedaço de ferro. Sarah Rodwell, de 92 anos, foi espancada até a morte na porta de sua casa em Hackney. Em Southend, Ivy Davies, uma proprietária de um café local foi morta com um machado.

Em 10 de março de 1975, Mackay estrangulou e matou a viúva Adele Price, em seu próprio apartamento, localizado em Londres. Onze dias após o assassinato, Mackay viria a assassinar outra vítima, o Padre Crean. 
Em 21 de março de 1975, Mackay invadiu a casa de Crean e o golpeou com um machado, cortando o crânio da vítima e o assistiu sangrar até a morte. As feridas encontradas na cabeça do Padre eram de fato devastadoras, tanto que, a parte do cérebro estava exposta, tendo Mackay tocado ela antes de deixar o local.
Mackay já havia se envolvido em um incidente com o Padre Crean 18 meses antes, quando este lhe ofereceu ajuda e Mackay acabou por rouba-lo e foi condenado a pagar uma indenização, que nunca foi paga.
Um policial lembrando-se desse incidente associou Mackay ao crime.Dois dias depois Patrick foi preso e considerado suspeito de mais uma dúzia de assassinatos ocorridos nos dois anos anteriores ao assassinato do Padre Crean, a maioria vítimas idosas assassinadas durante assaltos.

Patrick Mackay foi acusado de cinco assassinatos, mas duas acusações foram retiradas por falta de prova, porém estima-se que ele assassinou cerca de onze pessoas, sem seguir um padrão.

Em novembro de 1975, Patrick Mackay foi acusado por homicídio culposo e condenado à prisão perpetua.



Após ser pego, Mackay confessou a polícia: "Agarrei-o pelo braço, eu acho que era o caminho certo, e ambos caíram no chão, no corredor. Eu lutava e lutava no chão e ele pareceu ficar extremamente nervoso. Ele disse: "Não me machuque." Isso me pareceu ficar ainda mais excitante, e então eu comecei a golpeá-lo no lado da cabeça com minha mão e com o meu punho. A próxima coisa que eu sabia é que ele tinha se soltado do meu aperto e correu para o banheiro, que é apenas fora do corredor. Enquanto eu estava no chão do corredor, eu peguei um machado de uma caixa que se encontra sob as escadas e comecei a me sentir ainda mais excitado.

Ele fechou a porta do banheiro e empurrou para mantê-lo fechado. Eu invadi o meu lado da porta e empurrei-o para dentro do banheiro. Ele caiu, quase caiu dentro da banheira. Eu joguei para baixo o machado no chão e empurrei-o para a banheira. Ele então começou a me irritar ainda mais, e eu continuei atacando o seu nariz com o meu braço e o lado da minha mão. Eu, então, tirei a faca do bolso do casaco e repetidamente mergulhei-a em seu pescoço. Então eu estando um pouco mais excitado enfiei-a na lateral da cabeça, e em seguida, tentei enfia-la no topo de sua cabeça. Ele inclinou a faca. Eu peguei o machado e o ataquei repetidamente na cabeça. Ele afundou na banheira. Ele tinha estado na posição com a faca, mas quando eu bati nele com o machado ele afundou na banheira. Eu, então, estando, repetidamente, cada vez mais irritado, ataquei-o com o machado. Tudo isso parecia acontecer muito rápido. Eu devo ter ido para fora da minha mente. Era algo em mim que simplesmente explodiu."












- Ana Carolina Oliveira.

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