segunda-feira, 6 de junho de 2016

“Não fume, não beba, não viva, não ouse sonhar.”


Boteco ou botequim são termos oriundos do português de Portugal botica, e do espanhol da Espanha bodega, que por sua vez derivam do grego apothéke, que significa depósito, casa de bebidas ou loja em que se vendiam gêneros a retalho. Essa é a definição encontrada nos dicionários, mas cada um de nós carrega uma definição própria para esse lugar.

Alguns os veem como um segundo lar, outros só pensam na quantidade de álcool que podem ingerir gastando “x” quantia. Mas o boteco de qualquer forma será sempre cômodo para alguém, desde o senhor da rua acima que o frequenta há anos até o adolescente que quer bebida barata em um lugar tranquilo onde possa dar calorosas gargalhadas.


Se há um lugar onde se encontram inúmeras histórias de encontros e desencontros é o boteco. Cada parede e detalhe imposto tem um motivo, um sentimento por trás. O rabiscado na mesa com o nome de um casal apaixonado, as manchas de copo no balcão daqueles que sentaram próximo ao barman para lhe contar sua triste história, as rachaduras na parede que foram o resultado de uma briga, a mesa torta por algum torcedor nervoso de futebol, bitucas de cigarro perdidas nos cinzeiros ou escondidas no vaso mais próximo, tudo isso é uma história que se sente viva em cada boteco que se entre, seja naquele próximo a sua casa ou aquele que você achou acidentalmente durante uma viagem.

O Boteco é uma poesia para os loucos de amor e para os solitários. E eu, ah, eu respiro poesia.




- Ana Carolina Oliveira.